O ministro do Supremo Tribunal Federal anulou, em decisão recente, todos os processos e condenações do empresário relacionado à Operação Lava Jato, decretando a nulidade absoluta de atos praticados contra ele, inclusive na fase pré-processual. O empresário, que confessou a prática de crimes e colaborou com as investigações, teve sua defesa alegando que foi coagido a assinar o acordo de delação. Apesar da anulação dos processos, o acordo permanece válido, e a multa imposta ao empresário continua em vigor.
A decisão do ministro foi fundamentada em alegações de conluio entre o ex-juiz responsável pela operação e procuradores, considerando que os direitos do empresário foram violados durante as investigações. Essa análise foi apoiada por diálogos hackeados obtidos na Operação Spoofing, que demonstraram a pressão enfrentada pelo empresário para renunciar ao seu direito de defesa. Essa ação se insere em um contexto mais amplo de revisão das práticas da Lava Jato no STF, que já havia anulado provas de outros casos anteriormente.
Com base nesta decisão, processos em instâncias inferiores estão sendo arquivados, refletindo um efeito cascata que afeta condenações derivadas das investigações. Além disso, várias ações que utilizavam provas compartilhadas por empresas envolvidas também estão sendo canceladas. Essa nova fase da Lava Jato pode impactar significativamente a situação de outros réus e acordos de colaboração, levando a um crescente número de pedidos de anulação de processos judiciais.