Nesta sexta-feira, os investidores aguardam com expectativa a divulgação dos dados de inflação ao consumidor (PCE) referentes a agosto, que será liberada às 9h30. O consenso do mercado indica um aumento anual de 2,3% e de 0,1% em relação ao mês anterior. Resultados abaixo das expectativas podem reforçar a percepção de que o Federal Reserve adotará uma postura mais agressiva em sua próxima reunião sobre juros, programada para novembro. No Brasil, o destaque fica por conta dos números de emprego, que serão divulgados pelo Caged e pela PNAD Contínua, além do resultado primário do Governo Central.
Enquanto isso, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, irá palestrar sobre as recentes projeções de crescimento econômico do Brasil, que foram elevadas de 2,3% para 3,2% em 2024. A mensagem central do relatório de inflação do Banco Central é clara: a economia brasileira está em aquecimento, o que levanta preocupações sobre a sustentabilidade desse crescimento e a necessidade de controlar a inflação. Campos Neto também enfatizou que não houve discussão sobre um possível aumento mais significativo na Selic durante a última reunião do Comitê de Política Monetária.
Em um cenário internacional, os índices futuros dos EUA operam em leve baixa devido à incerteza em torno do afrouxamento monetário, enquanto os mercados chineses alcançaram uma significativa recuperação, com o índice CSI 300 subindo 15,7%, impulsionado por medidas de estímulo do banco central local. No contexto de commodities, os preços do petróleo caíram, e a dívida do Brasil está prevista para ser a quarta maior entre países emergentes em 2024, conforme estimativas do FMI. O governo brasileiro busca um equilíbrio fiscal que não comprometa a contabilidade pública, conforme destacado por Campos Neto.