O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou que o aplicativo WhatsApp estaria envolvido em atividades de espionagem durante a crise pós-eleitoral. Em uma reunião com militares em Caracas, ele alegou que a plataforma foi utilizada para promover uma operação de terrorismo psicológico, com mensagens de ódio direcionadas a líderes populares após as eleições de 28 de julho, nas quais foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral, apesar das contestações da oposição. Segundo Maduro, essa situação levou à divulgação de informações pessoais, resultando em ataques contra diversos indivíduos.
A crise política se intensificou após os protestos que eclodiram em resposta aos resultados eleitorais, resultando em 27 mortes e aproximadamente 200 feridos. Em meio a essa turbulência, o presidente convocou a população a boicotar o WhatsApp, sugerindo o uso de aplicativos alternativos como o Telegram para comunicação. Em uma demonstração simbólica, ele retirou o aplicativo de seu celular durante uma transmissão na televisão estatal, buscando destacar sua posição contrária ao serviço.
As tensões políticas na Venezuela permanecem elevadas, com a oposição explorando diferentes estratégias para contestar a legitimidade do governo. As alegações de fraude eleitoral e a busca por asilo de um dos opositores em outro país refletem um ambiente político em crise, onde a confiança nas instituições e nas plataformas de comunicação é severamente questionada.