O Brasil conta atualmente com 36 mil alunos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA), um aumento significativo em relação ao ano anterior. Apesar desse crescimento nas matrículas, ainda há uma carência de intervenções personalizadas que considerem as singularidades de cada indivíduo com autismo. Especialistas ressaltam que é crucial reconhecer a diversidade dentro do espectro, uma vez que o TEA apresenta diferentes níveis e subtipos, cada um com suas necessidades específicas de suporte.
Os níveis de autismo são classificados em três categorias, variando de leve a severo, com base na necessidade de apoio para atividades diárias e interações sociais. O primeiro nível, considerado o mais leve, demanda suporte moderado, enquanto o terceiro nível, mais grave, exige assistência contínua. Pesquisas recentes também identificaram quatro subtipos de autismo, agrupando os indivíduos com base em seu nível de inteligência verbal e características comportamentais. Essas classificações visam facilitar a personalização das intervenções e tratamentos, aumentando a eficácia das abordagens terapêuticas.
O tratamento adequado para o TEA envolve intervenções precoces e individualizadas, com foco em terapias baseadas na Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e outras terapias complementares. A necessidade de um melhor entendimento sobre as causas do autismo, a interação entre fatores genéticos e ambientais, e a pesquisa sobre o autismo em diferentes faixas etárias são fundamentais para a evolução do cuidado. Especialistas alertam para a importância de continuar investigando e desenvolvendo práticas que melhorem a qualidade de vida de pessoas com autismo, adaptando os métodos às suas necessidades específicas.