Em 2023, a pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS 2023), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que a produção primária florestal alcançou R$ 37,9 bilhões, marcando um crescimento de 11,2% em relação ao ano anterior. Embora esse aumento seja inferior ao de 2022, que foi de 13,4%, o valor da produção representa um recorde para o setor. O estudo evidenciou que a silvicultura, a exploração de florestas plantadas para fins comerciais, superou a extração vegetal, apresentando um aumento de 13,6% em seu valor de produção.
O destaque do crescimento foi para os produtos madeireiros, que representaram 98,2% do valor da produção florestal. Entre eles, a lenha registrou um aumento expressivo de 20,6%, seguida pela madeira destinada à fabricação de papel e celulose, que cresceu 19,4%. Apesar do crescimento em diversos produtos, a extração vegetal experimentou uma leve diminuição, refletindo uma tendência de estabilidade desde 2021. Produtos como açaí e erva-mate continuaram a ser os principais geradores de valor na categoria de extrativos não madeireiros.
As regiões Sul e Sudeste foram responsáveis por 69,1% do valor total da produção florestal, com Minas Gerais liderando a produção silvicultural. A área de florestas plantadas no Brasil totalizou 9,7 milhões de hectares, com predominância de eucalipto nas regiões Sudeste e Sul. O Brasil se destacou internacionalmente na produção de papel e celulose, ocupando o 10º lugar nas exportações totais, com 19,1 milhões de toneladas exportadas. O crescimento contínuo da silvicultura e a expansão dos produtos madeireiros indicam um futuro promissor para o setor florestal no país.