O Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve se reunirá no dia 6 de novembro, logo após as eleições presidenciais nos Estados Unidos, em um cenário marcado por incertezas políticas. Especialistas como Paulo Gitz, da XP, expressaram preocupação com o recente corte de juros de 0,50 ponto percentual, sugerindo que uma redução de 0,25 ponto percentual teria proporcionado mais flexibilidade ao Fed em suas futuras decisões, especialmente em um ambiente potencialmente instável após as eleições.
Os economistas também destacaram que a movimentação do dólar e o fluxo de capital estrangeiro podem ser influenciados pelas eleições, além das decisões do Fed. Catherine Menezes Cruz, da Integrity Wealth Management, enfatizou a importância da política monetária dos EUA para o Brasil, onde a elevação dos juros pelo Banco Central nacional de 0,25 ponto percentual não gerou a valorização esperada do real. A expectativa é de que a inflação no Brasil permaneça acima da meta, levando a uma política monetária mais rigorosa.
Além disso, o aumento da atividade econômica no Brasil pode pressionar a Selic a ultrapassar os 12%, conforme previsto por analistas. A necessidade de um novo presidente do Banco Central que inspire credibilidade é vista como crucial para o manejo da inflação. O cenário atual sugere que os juros devem se manter elevados por um período prolongado, enquanto o mercado observa os desenvolvimentos tanto nas políticas monetárias nos EUA quanto no Brasil.