Um parlamentar sul-coreano revelou que a Coreia do Norte possui plutônio e urânio suficientes para fabricar pelo menos um número de dois dígitos de armas nucleares, segundo informações da agência de espionagem do país. O legislador, que integra o comitê de inteligência, também indicou a possibilidade de que o regime de Pyongyang realize um sétimo teste nuclear após as eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para 5 de novembro. Um relatório anterior da Federação de Cientistas Americanos sugeriu que o país poderia ter produzido material físsil suficiente para construir até 90 ogivas nucleares, embora a estimativa mais realista indique que cerca de 50 já teriam sido montadas.
Além disso, o parlamentar comentou sobre a cobertura da mídia estatal norte-coreana a respeito da visita do líder Kim Jong Un a uma instalação de enriquecimento de urânio, observando que tal relato pode ter sido uma estratégia para enviar uma mensagem a Washington antes das eleições americanas. Ele destacou que essa atenção da mídia é incomum, sugerindo que a intenção poderia ser tanto de sinalizar externamente quanto de fortalecer a moral interna, considerando a grave situação econômica do país.
A retórica de Pyongyang em relação ao seu arsenal nuclear é frequentemente justificada como uma necessidade de defesa contra as ameaças percebidas dos Estados Unidos e seus aliados. O regime também apresenta suas armas nucleares e mísseis balísticos como símbolos de prestígio nacional, ressaltando a importância do poder militar na política interna e externa do país.