O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reunirá nesta quarta-feira para deliberar sobre a manutenção ou a elevação da taxa Selic, que está em 10,5% ao ano. A alta recente do dólar e os efeitos da seca nos preços de energia e alimentos geraram incertezas quanto a uma possível elevação dos juros, a primeira em mais de dois anos. Segundo a pesquisa Focus, a expectativa é de que a Selic suba em 0,25 ponto percentual, encerrando 2024 em 11,25%.
Na ata da reunião anterior, o Copom destacou a necessidade de cautela devido à valorização do dólar e ao aumento dos gastos públicos, considerando o impacto desses fatores sobre a inflação. A estimativa de inflação para 2024 subiu para 4,35%, aproximando-se do teto da meta de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Apesar de agosto ter registrado uma deflação de 0,02% devido à queda nos preços de energia, a tendência é que esses valores voltem a subir em setembro.
A Selic é um instrumento fundamental para o controle da inflação no Brasil, afetando diretamente o custo do crédito e, consequentemente, a atividade econômica. O Copom se reúne a cada 45 dias, analisando as condições econômicas internas e externas antes de decidir sobre a taxa. As metas de inflação para 2024 e os anos seguintes foram definidas em 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, refletindo o compromisso da autoridade monetária em manter a estabilidade econômica.