Em agosto de 2024, as contas públicas do Brasil registraram um déficit primário de R$ 21,425 bilhões, uma leve melhora em relação ao déficit de R$ 22,830 bilhões do mesmo mês em 2023. O setor público consolidado, que inclui a União, estados, municípios e empresas estatais, acumulou um déficit primário de R$ 86,222 bilhões nos primeiros oito meses do ano, totalizando R$ 256,337 bilhões em um ano, o que representa 2,26% do PIB. Os dados foram divulgados pelo Banco Central, destacando que as contas do Governo Central também contribuíram significativamente para o resultado negativo, com um déficit de R$ 22,329 bilhões.
Os governos estaduais apresentaram um superávit de R$ 3,386 bilhões em agosto, enquanto os municípios enfrentaram um déficit de R$ 2,951 bilhões. No total, os governos regionais tiveram um superávit de R$ 435 milhões, uma redução em comparação com os R$ 2,485 bilhões do ano anterior. As empresas estatais, excluindo Petrobras e Eletrobras, registraram um superávit primário de R$ 469 milhões, mostrando uma leve queda em relação a 2023.
As despesas com juros totalizaram R$ 68,955 bilhões em agosto, reduzindo-se em relação aos R$ 83,731 bilhões do ano anterior. Apesar das oscilações, essa conta é geralmente estável e refletiu os efeitos das operações do Banco Central no mercado de câmbio. O resultado nominal das contas públicas, que considera tanto o déficit primário quanto os gastos com juros, apresentou uma melhora, com um déficit de R$ 90,381 bilhões em agosto, comparado a R$ 106,561 bilhões em 2023. A dívida líquida do setor público atingiu R$ 7,026 trilhões, ou 62% do PIB, com a dívida bruta alcançando R$ 8,898 trilhões, correspondendo a 78,5% do PIB.