O Líbano, um país com uma rica história marcada pela influência de diversas civilizações, enfrenta atualmente um cenário complexo de tensões políticas e sociais, exacerbadas por recentes conflitos no Oriente Médio. Recentemente, a escalada da violência entre Israel e o grupo Hezbollah tem atraído a atenção internacional, destacando a fragilidade da estabilidade na região. Com uma população de 5,4 milhões de habitantes e um IDH de 0,723, o país também lida com uma crise econômica severa, resultante de um colapso financeiro em 2019 e agravada pela pandemia e pela explosão no porto de Beirute em 2020.
A estrutura política do Líbano é baseada no confessionalismo, um sistema que distribui o poder entre diferentes grupos religiosos, estabelecendo uma delicada paridade entre muçulmanos e cristãos. No entanto, essa abordagem tem sido criticada por promover corrupção e ineficiência política, culminando em uma crise de liderança desde 2022, quando o país ficou sem presidente. Além disso, a presença do Hezbollah como um ator político e militar significativo tem contribuído para a instabilidade, visto que o grupo é considerado uma organização terrorista por vários países, incluindo os Estados Unidos e Israel.
Apesar das dificuldades políticas e sociais, o Líbano preserva uma rica diversidade cultural, refletida em sua gastronomia e na presença de locais históricos, como as ruínas de Baalbek e a vibrante capital Beirute. A imigração libanesa também fortaleceu os laços culturais com o Brasil, resultando em influências mútuas em diversas áreas, incluindo a política e a medicina. A história compartilhada entre os dois países é um testemunho da resiliência cultural do Líbano, mesmo em tempos de crise.