A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) enfrenta uma situação crítica com a ocupação de estudantes que protestam contra mudanças nas regras de concessão de bolsas e auxílios de assistência estudantil. Os estudantes, que estão acampados há 55 dias, foram informados por uma decisão judicial que deveriam desocupar os edifícios, mas optaram por manter a ocupação após confrontos com a segurança da universidade. A reitora, por sua vez, ressaltou a falta de recursos financeiros, afirmando que as mudanças são necessárias devido à impossibilidade de continuar os auxílios emergenciais introduzidos durante a pandemia.
A reitora explicou que, devido à crise orçamentária, foi necessário implementar novos critérios para a concessão de benefícios, reduzindo o valor da Bolsa de Apoio à Vulnerabilidade Social. Embora o número de beneficiados tenha diminuído, a universidade estabeleceu um valor inferior como transição para os estudantes que perderiam o auxílio. Os alunos, por sua vez, expressam preocupação em relação à sua sobrevivência financeira e à continuidade dos estudos, uma vez que muitos dependem desses recursos para cobrir despesas básicas.
O diálogo entre a reitoria e os alunos permanece tenso, com a universidade buscando mais recursos do governo do estado e planeando novas diretrizes para assistência estudantil. A reitora enfatizou a importância de retomar as atividades acadêmicas, destacando o impacto negativo da ocupação na rotina da instituição e a necessidade de encontrar um equilíbrio entre a gestão financeira e o apoio aos estudantes. A situação continua a evoluir, com a possibilidade de novos desdobramentos judiciais e discussões sobre políticas de assistência.