O secretário-executivo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) destacou a grave situação de violência enfrentada pela comunidade guarani kaiowá na Terra Indígena Nhanderu Marangatu, em Mato Grosso do Sul. Recentemente, um jovem indígena foi fatalmente baleado, e há suspeitas de que os responsáveis pelos disparos sejam policiais militares. O Cimi criticou o desvio de função das forças de segurança, que, segundo Ventura, agem como segurança privada para interesses particulares, ignorando a proteção dos direitos dos indígenas em terras homologadas.
Além disso, relatos indicam uma hostilidade crescente por parte das autoridades policiais em relação aos indígenas, com ações que visam deslegitimar sua presença nas terras que ocupam. A situação se agrava com a restrição de acesso a alimentos, saúde e educação nas aldeias, além de ameaças de violência. A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos expressou preocupação com os relatos de vandalismo e enfrentamentos que têm ocorrido nas comunidades, ressaltando a insustentabilidade da situação.
Por sua vez, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública do estado negou qualquer ordem de reintegração de posse na área e reafirmou o compromisso com a manutenção da paz no campo. A deputada federal da região enviou ofício ao ministro da Justiça solicitando a suspensão das operações policiais e a permanência da Força Nacional no território, destacando a urgência em proteger os direitos dos povos indígenas diante da escalada de violência.