O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico se reunirá nesta quinta-feira (19) no Rio de Janeiro para apresentar um plano de contingência com o objetivo de evitar apagões e garantir a segurança no fornecimento de energia elétrica até 2026. A preocupação do governo é crescente, dado que o Brasil enfrenta a pior seca em quase um século, o que compromete a produção de energia nas hidrelétricas, especialmente nas regiões Norte e Centro-Oeste.
Devido à baixa vazão nos rios, a dependência de usinas térmicas, que têm um custo maior e geram mais poluição, aumenta. O acionamento dessas usinas elevou as bandeiras tarifárias para o nível máximo em setembro, resultando em um aumento de cerca de 10% na conta de energia. A demanda por energia é especialmente crítica entre 18h e 19h, quando a geração a partir de fontes renováveis como solar e eólica diminui, forçando o sistema a depender mais de usinas hidrelétricas e térmicas.
Durante a reunião, também será discutida a proposta de retorno do horário de verão, extinto em 2019. O ministro de Minas e Energia ressaltou que essa medida pode ajudar a reduzir a demanda energética e, consequentemente, a conta de luz. O horário de verão possibilita o aproveitamento da luz natural por mais tempo, o que pode aliviar a carga elétrica nas cidades ao atrasar o acionamento da iluminação pública.