O Rio Grande do Sul já aplicou cerca de 1,7 mil das 3 mil doses de vacina contra a mpox distribuídas aos municípios, apesar de ter recebido um total de quase 4,2 mil doses do Ministério da Saúde. A baixa procura pelo imunizante para o público-alvo, composto principalmente por pessoas vivendo com HIV/Aids e profissionais de laboratórios, foi destacada pela Secretaria Estadual da Saúde (SES). Além disso, 850 doses foram remanejadas ao Ministério da Saúde, o que pode explicar a discrepância entre doses distribuídas e aplicadas.
Em 2024, o estado registrou cinco casos de mpox, todos causados por cepas anteriores do vírus, diferentes da nova variante que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma emergência sanitária global. O virologista Fernando Spilki aponta que o Clado II, variante atualmente em circulação no Brasil, tem uma letalidade inferior a 1%, similar à da gripe, mas pode ser mais perigoso para pessoas imunocomprometidas.
A mpox, uma zoonose viral que foi transmitida a humanos a partir de roedores e macacos, pode causar sintomas como erupções na pele, febre e dores musculares. A transmissão ocorre por contato direto com fluidos corporais ou objetos contaminados. Recomenda-se que pessoas em contato com casos suspeitos usem máscara e mantenham rigorosas práticas de higiene para reduzir o risco de infecção.