A Coalizão, formada por médicos e cientistas de diversas instituições ao redor do mundo, tem como objetivo detectar e prevenir novas ameaças virais, muitas das quais estão relacionadas à mudança climática. Desde 2021, a equipe já sequenciou cerca de 13.000 amostras e identificou surtos de doenças raras, como um vírus transmitido por carrapatos na Tailândia e o vírus Oropouche na Colômbia. A iniciativa é apoiada pela Abbott, o que proporciona recursos para a rápida criação de testes diagnósticos essenciais na resposta a surtos.
Os pesquisadores destacam que a mudança climática está ampliando o espectro das doenças infecciosas. Condições climáticas mais quentes e eventos extremos estão permitindo que vetores, como mosquitos, se espalhem para novas regiões, aumentando a incidência de doenças como a dengue e o vírus do Nilo Ocidental. Além disso, a perda de biodiversidade está forçando a evolução dos vírus em novos hospedeiros, o que torna a vigilância ainda mais crucial.
Embora a Coalizão tenha se beneficiado de experiências anteriores à pandemia de Covid-19, a propagação global desse vírus serviu como um alerta sobre os riscos das doenças infecciosas. Especialistas da Coalizão alertam para a necessidade de manter a vigilância contínua, enfatizando que novas ameaças podem surgir rapidamente em qualquer lugar do mundo, reiterando a importância da preparação e da cooperação global na saúde pública.