A Justiça Federal de São Paulo tornou réus dois coaches estrangeiros e um brasileiro por crimes relacionados à exploração de menores de 18 anos e indução à exploração mediante fraude. A investigação começou após um evento realizado em uma mansão no Morumbi, onde foram identificadas adolescentes que participaram do curso sobre conquista de mulheres. As autoridades, incluindo a Polícia Federal e o Ministério Público, analisaram depoimentos de vítimas e testemunhas, revelando uma prática considerada turismo sexual, em que mulheres são atraídas por promessas econômicas.
Os acusados obtiveram lucros significativos a partir das atividades, utilizando estratégias que envolvem a promoção de viagens para países em desenvolvimento, onde as mulheres são tratadas como objetos sexuais. O juiz acatou um pedido de apreensão de passaporte de um dos réus, visando garantir a aplicação da lei penal, considerando que ele possui visto americano e estaria agindo em conluio com um dos coaches estrangeiros. Até o momento, a defesa não foi encontrada para comentar os indiciamentos.
O curso em questão oferecia pacotes de viagem e consultoria, com valores que chegavam a até US$ 50 mil, prometendo encontros com mulheres consideradas atraentes. As vítimas relataram que foram aliciadas e manipuladas, muitas vezes sem o conhecimento de que faziam parte de um evento relacionado ao curso. A situação levantou preocupações sobre a segurança e os direitos das participantes, especialmente as menores de idade presentes nas festas, onde a liberdade e o consentimento foram questionados.
