Pela primeira vez, cientistas conseguiram alterar o núcleo de um átomo de tório entre diferentes estados utilizando laser, um avanço que possibilita a criação do primeiro relógio nuclear do mundo. Liderado pelo professor Thorsten Schumm da Universidade Técnica de Viena, o estudo foi publicado na revista Nature e representa um marco significativo na precisão dos cronômetros.
Tradicionalmente, os relógios de alta precisão dependem da oscilação de feixes de laser, que podem apresentar variações sutis ao longo do tempo. Para mitigar esses ajustes, os relógios atômicos utilizam átomos de césio ou estrôncio que reagem a frequências específicas de laser. No entanto, a nova tecnologia utiliza núcleos atômicos, que são menores e menos suscetíveis a perturbações externas, prometendo uma precisão ainda maior.
Embora o novo relógio nuclear ainda não tenha superado a precisão dos relógios atômicos existentes, Schumm acredita que isso possa acontecer dentro de dois a três anos. O objetivo do projeto era desenvolver uma nova tecnologia, e com a inovação já em funcionamento, um aprimoramento natural na qualidade é esperado, similar ao avanço dos carros em relação às carruagens.