A China anunciou recentemente o lançamento bem-sucedido de um míssil balístico intercontinental (ICBM) com uma ogiva fictícia, que caiu no Oceano Pacífico. Embora o Ministério da Defesa da China tenha caracterizado o teste como uma ação rotineira e parte de um treinamento anual, analistas questionam essa afirmação, uma vez que o último teste desse tipo ocorreu em 1980. A mídia estatal afirmou que os países afetados foram informados previamente sobre o teste, mas o Japão relatou não ter recebido qualquer aviso.
As tensões entre a China e seus vizinhos, especialmente Japão e Filipinas, têm aumentado, com relatos de colisões entre embarcações chinesas e filipinas em águas disputadas. A situação se agrava devido ao contexto de rivalidade regional e à contínua assertividade da China em relação a Taiwan, onde manobras militares são frequentemente realizadas. Especialistas interpretam o lançamento do ICBM como uma mensagem de intimidação, especialmente em um momento de crescente tensão na área.
O relatório do Pentágono destaca que a China possui cerca de 500 ogivas nucleares, com uma projeção de que esse número ultrapasse mil até 2030. A decisão da China de realizar testes de mísseis em águas internacionais marca uma nova fase em sua postura militar, suscitando preocupações sobre a estabilidade na região. Além disso, a suspensão das negociações sobre controle de armas nucleares com os Estados Unidos em resposta a questões relacionadas a Taiwan evidencia a complexidade das relações entre esses países.