O chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, criticou veementemente o mandado de prisão emitido pela Justiça venezuelana contra o opositor Edmundo González. Em uma publicação nas redes sociais, Borrell rejeitou o pedido da Procuradoria-Geral da Venezuela e instou as autoridades a respeitarem a liberdade e os direitos humanos de González. Ele condenou a repressão e a perseguição à oposição e à sociedade civil, pedindo que a vontade do povo venezuelano fosse respeitada.
A Justiça venezuelana emitiu o mandado de prisão após o Ministério Público acusar González de diversos crimes, como usurpação de funções e formação de quadrilha. A ordem de prisão foi dada depois que o opositor não compareceu à terceira convocação para depor sobre o site Resultados com VZLA, que divulgou supostas atas da eleição presidencial de julho. González, que disputou a Presidência contra Nicolás Maduro, nega todas as acusações e considera o processo uma tentativa de silenciar a oposição.
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, também criticou a decisão, alegando que o mandado de prisão reflete uma perda de contato com a realidade por parte do regime de Maduro. Machado argumentou que a ação só fortalece a determinação do movimento opositor, destacando a crescente tensão entre o governo e a oposição no país.