Paulo Wanderley Teixeira, candidato à reeleição para a presidência do Comitê Olímpico do Brasil (COB), defende a legitimidade de sua candidatura, apesar das críticas de atletas e de uma chapa de oposição. A eleição, marcada para 3 de outubro, enfrenta contestações sobre a legalidade de sua reeleição, já que grupos de atletas alegam que ele infringe leis que proíbem o terceiro mandato na presidência. Wanderley argumenta que seu primeiro mandato foi um “mandato-tampão” devido à vacância do cargo, e reafirma que sua candidatura é válida.
Durante a entrevista, Wanderley expressou confiança na sua gestão, mencionando avanços significativos na estrutura do COB, como o aumento do número de patrocinadores e a inclusão de atletas nas decisões. Ele também abordou a necessidade de mais recursos para o desenvolvimento esportivo no Brasil, destacando a importância de intercâmbios e treinamento de alto nível para que o país se torne uma potência olímpica. O dirigente admitiu que sua chapa aguarda resposta do Ministério do Esporte sobre a regularidade de sua candidatura e não descartou a possibilidade de recorrer à Justiça caso seja necessário.
Wanderley, que assume a presidência em 2017 após a saída do ex-presidente, elencou conquistas e investimentos na área esportiva durante seu mandato, além de criticar a visão de centralização de decisões apontada pela oposição. A sua gestão busca garantir uma relação colaborativa com os atletas e as confederações, além de implementar programas que visam conectar eventos esportivos, como os Jogos Pan-Americanos e Olímpicos. O cenário de contestações e a busca por legitimidade na presidência do COB se intensificam à medida que a eleição se aproxima.