O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho revelou que, nos primeiros oito meses de 2024, o Brasil criou 1,73 milhão de empregos com carteira assinada, o que representa um aumento de 24% em comparação ao mesmo período de 2023. Apenas em agosto, foram geradas 232,5 mil novas vagas, destacando um crescimento de 5,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Essa performance é considerada a melhor para o mês de agosto desde 2022, com uma taxa de demissões de 1,998 milhão no mesmo período.
O ministro do Trabalho em exercício destacou que o crescimento do emprego formal ocorreu mesmo diante do aumento da taxa Selic, que chegou a 10,75% ao ano, sugerindo que a política monetária do Banco Central pode estar em desacordo com as necessidades de desenvolvimento econômico. Apesar das críticas sobre os efeitos do consumo e da inflação sobre o mercado de trabalho, é possível que o Brasil atinja a meta de dois milhões de empregos formais até o final de 2024.
Além disso, o relatório do Caged aponta que o setor de serviços foi o que mais contribuiu para a criação de empregos, e houve recuperação na geração de vagas no Rio Grande do Sul após enchentes significativas. O salário médio de admissão foi de R$ 2.156,86 em agosto, apresentando uma leve queda em termos reais em comparação a julho, mas um aumento em relação ao mesmo mês do ano anterior. É importante notar que os dados do Caged se referem apenas a empregos formais, o que limita comparações com estatísticas de desemprego divulgadas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).