Em Belém, 239 torcedores foram detidos após uma briga generalizada ocorrida cerca de seis horas antes do jogo entre Paysandu e Sport. A Defensoria Pública do Estado do Pará (DPE) criticou a prisão em massa, alegando que muitos dos detidos não tinham antecedentes criminais e que as circunstâncias individuais não foram consideradas. A DPE afirmou que a ação compromete a superlotação das unidades prisionais e que diversas medidas jurídicas estão sendo adotadas para defender os torcedores.
O juiz responsável pela homologação das prisões decidiu transformá-las em preventivas, citando a potencial periculosidade dos envolvidos e alegando que os crimes praticados incluem associação criminosa e tumulto desportivo. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) garantiu que os detidos estão em unidades e celas separadas, assegurando o cumprimento dos direitos previstos na Lei de Execução Penal.
Além dos adultos, 32 adolescentes foram apreendidos e encaminhados para a Divisão de Atendimento ao Adolescente. A confusão, que ocorreu na Avenida Almirante Barroso, resultou em violência física e a apreensão de um suposto artefato explosivo. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Proteção ao Torcedor e de Grandes Eventos, enquanto a DPE busca a revogação das prisões preventivas e a soltura imediata dos detidos.