A delegação brasileira na Assembleia-Geral da ONU em Nova York deixou o plenário antes do discurso do primeiro-ministro israelense, em um ato de protesto contra a atuação do país na guerra na Faixa de Gaza e os recentes conflitos com o Hezbollah no Líbano. A decisão, tomada pelo ministro de Relações Exteriores, reflete preocupações com a escalada do conflito no Oriente Médio, que resultou em mortes de cidadãos brasileiros e uma crise humanitária na região.
Essa foi a primeira vez na história que o Brasil não participou de um discurso de um governo israelense na Assembleia-Geral. Durante a entrada de Netanyahu, vaias e protestos ecoaram entre as delegações, demonstrando descontentamento com as ações do governo israelense. O presidente brasileiro, que tem sido crítico das ofensivas militares israelenses, se encontrou com o presidente da Autoridade Palestina e expressou solidariedade às vítimas do conflito.
No discurso, Netanyahu reiterou suas promessas de continuar a luta contra o Hezbollah e o Hamas, respondendo com retaliações a possíveis ataques. Ele também criticou líderes globais que condenam as ações israelenses, chamando essa postura de antissemita. A tensão entre o Brasil e Israel se intensificou nos últimos meses, destacando a posição do governo brasileiro em relação à situação humanitária na região e a necessidade de um cessar-fogo imediato.