Em agosto de 2024, o Brasil enfrentou um total de 68.635 focos de queimadas, o maior número para o mês desde 2010, quando foram registrados 90.444 focos. Os dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o número de queimadas mais que dobrou em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram contabilizados 28.056 focos. Este agosto se destaca como o quinto pior desde o início da série histórica do Inpe, que começa em 1998.
A maior parte das queimadas ocorreu na Amazônia e no Cerrado, que enfrentam desafios ambientais significativos. Na Amazônia, foram registrados 38.266 focos de queimadas em agosto, mais da metade do total anual até 1º de setembro e um aumento de 120% em comparação ao mesmo mês de 2023. O Cerrado também apresentou um aumento alarmante, com 18.620 focos em agosto, mais que o dobro dos 6.850 focos registrados no mesmo período do ano anterior.
Este cenário se alinha aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, particularmente ao ODS 13 sobre a Ação Global Contra a Mudança Climática. O aumento das queimadas e do desmatamento no Cerrado, com 40.496 focos acumulados no ano e um crescimento de 70% em relação a 2023, evidencia a necessidade urgente de políticas eficazes para mitigar os impactos das mudanças climáticas e preservar os biomas brasileiros.