Cinquenta e quatro empresas brasileiras, sob a liderança do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), firmaram um pacto conhecido como Chamada à Ação, visando o fortalecimento das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) durante a Semana do Clima em Nova York. O documento ressalta a importância de políticas claras de implementação, incentivo a investimentos e a participação do setor privado, além de apresentar demandas específicas para a NDC do Brasil. Entre as signatárias estão grandes empresas do setor, como Natura, Nestlé e Itaú.
O Cebds enfatiza a urgência de um comprometimento mais robusto por parte das empresas, incentivando planos de transição corporativa ousados e metas claras para alcançar objetivos climáticos e de preservação ambiental. A presidente do Cebds, Marina Grossi, destacou o papel do Brasil como presidente do G20 e anfitrião da COP 30, reforçando a necessidade de alinhar políticas como o Plano de Transformação Ecológica e o Mercado de Carbono Regulado com as próximas metas de redução de emissões.
Atualmente, as NDCs do Brasil visam reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) em 48% até 2025 e 53% até 2030, comparadas a 2005, com novas metas a serem apresentadas até fevereiro de 2025. A entidade observou que apenas 13% das NDCs atualizadas em 2021 mencionaram a participação do setor privado, caracterizando uma oportunidade para que empresas e governos desenvolvam planos mais sólidos e viáveis. O Cebds conclui que um ambiente regulatório estável e previsível é crucial para inspirar o setor empresarial a investir em iniciativas climáticas e possibilitar uma transição justa para uma economia de carbono zero.