O governo brasileiro está avaliando a possibilidade de realizar uma operação de resgate para retirar cidadãos brasileiros do Líbano, que atualmente enfrenta intensos ataques aéreos. O diplomata Celso Amorim, assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, destacou que a situação se tornou mais complicada em comparação a 2006, quando o Brasil já havia realizado uma operação semelhante. Dois brasileiros civis perderam a vida devido aos recentes bombardeios, o que intensificou a preocupação do governo.
Amorim ressaltou que o resgate é uma tarefa desafiadora, não apenas por questões logísticas, mas também por aspectos geopolíticos. A rota tradicional entre o Líbano e a Turquia, utilizada na operação de 2006, é considerada atualmente muito mais perigosa. O Itamaraty está trabalhando para mapear a melhor estratégia para a retirada segura dos brasileiros na região, diante do aumento das hostilidades.
O diplomata também mencionou a forte conexão entre Brasil e Líbano, onde muitos libaneses emigraram para o Brasil, gerando uma comunidade significativa de descendentes. Ele expressou sua tristeza pelas mortes confirmadas e advertiu sobre o potencial aumento de riscos para os brasileiros que vivem no Líbano, especialmente considerando a possibilidade de uma escalada de violência na região.