O incêndio na Boate Kiss, ocorrido em 27 de janeiro de 2013, resultou na morte de 242 pessoas e deixou mais de 600 feridos. O caso, que se tornou um dos maiores dramas judiciais do Brasil, passou por diversas fases de investigação e julgamento ao longo dos anos. Em dezembro de 2021, os quatro réus foram condenados a penas que variavam entre 18 e 22 anos e meio de prisão. No entanto, o julgamento foi anulado pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul em agosto de 2022, e a decisão foi confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça em setembro de 2023.
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu um novo julgamento previsto para fevereiro de 2024, atendendo a um pedido do Ministério Público. Em julho de 2024, as obras para demolição do prédio da boate começaram, marcando o início de um memorial em homenagem às vítimas. No entanto, em 2 de setembro de 2024, Toffoli decidiu reverter a anulação do júri, restaurando a validade do julgamento original e determinando a reintegração dos réus ao regime prisional.
A decisão de Toffoli foi um novo capítulo no longo processo judicial do caso, que agora enfrenta mais um período de incertezas e controvérsias. A medida destaca a complexidade e as dificuldades enfrentadas na busca por justiça para as vítimas do incêndio da Boate Kiss, um evento que deixou marcas profundas na cidade de Santa Maria e no Brasil como um todo.