Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, está enfrentando uma crise de poluição do ar severa, com a qualidade do ar quase nove vezes pior do que os níveis recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Na quinta-feira (5), a cidade registrou 43,6 µg/m³ de material particulado PM2.5, um indicador de poluição atmosférica que classifica o ar como insalubre para grupos vulneráveis. A poluição tem sido exacerbada pela fumaça de incêndios florestais e por uma combinação de onda de calor e baixa precipitação, com Belo Horizonte não recebendo chuvas significativas desde abril deste ano.
A Defesa Civil Municipal alertou sobre a baixa umidade do ar, que deve permanecer em torno de 10%, e também destacou as altas temperaturas, com a máxima prevista para 35ºC nesta quinta-feira. A seca prolongada está afetando 137 cidades em Minas Gerais, e a previsão é que o transporte de umidade do oceano ajude a aliviar o calor intenso no centro-leste do estado, incluindo a capital.
Diante desse nível crítico de poluição, as autoridades recomendam que a população reduza atividades físicas ao ar livre, mantenha as janelas fechadas para evitar a entrada de ar poluído e utilize purificadores de ar em casa. Idosos e crianças, considerados grupos mais vulneráveis, devem usar máscaras de proteção quando estiverem fora de casa.