A Basf anunciou uma possível listagem de sua unidade de soluções agrícolas como parte de uma reestruturação estratégica focada em seus principais negócios. A gigante química alemã mencionou que a separação jurídica e de planejamento de recursos dessa unidade, responsável pela produção de sementes, herbicidas e fungicidas, deverá ser concluída até 2027. Além disso, a empresa planeja vender sua unidade de tintas decorativas no Brasil e explorar colaborações no setor de materiais para baterias, em resposta à queda na demanda por veículos elétricos.
Com o intuito de melhorar lucros e gerar mais caixa nos próximos quatro anos, a Basf pretende reduzir investimentos e custos, após enfrentar desafios com a demanda e despesas elevadas nos últimos trimestres. A empresa relatou uma queda significativa em sua lucratividade, especialmente devido à desaceleração econômica na China e na Europa, e aos impactos da invasão da Ucrânia pela Rússia, que resultaram em oscilações nos custos de energia e matérias-primas.
A companhia também espera receber cerca de 2 bilhões de euros com a saída do setor de petróleo e gás, além de planejar um dividendo anual mínimo de 2,25 euros por ação entre 2025 e 2028. Embora a meta revisada de lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) para 2028 esteja acima das expectativas, analistas ressaltam que ela depende de condições de mercado favoráveis. A Basf prevê um fluxo de caixa livre superior a 12 bilhões de euros no mesmo período, enquanto os investimentos devem ser reduzidos após a conclusão de um complexo em construção na China.