O Banco Central do Brasil (BC) atualizou sua projeção de inflação para 2026, elevando a estimativa de 3,2% para 3,3% no cenário de referência, que leva em consideração a trajetória da taxa de juros e a evolução do dólar. As projeções para os anos de 2024 e 2025 permaneceram inalteradas em 4,3% e 3,7%, respectivamente. Recentemente, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu aumentar a Selic de 10,5% para 10,75%, refletindo as preocupações com a inflação.
A partir de 2024, o BC implementará uma meta de inflação contínua, com um centro de 3% e uma tolerância de 1,5 ponto percentual. Caso o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique fora desse intervalo por seis meses consecutivos, o alvo será considerado perdido. O cenário de referência do BC também considera a trajetória da Selic e a evolução do câmbio, além de assumir a hipótese de bandeira de energia amarela para o final deste ano e o próximo.
As expectativas de estouro da meta de inflação também foram revisadas. A probabilidade de que a inflação exceda a meta de 3% em 2024 subiu de 28% para 36%. Para 2025, essa chance aumentou de 21% para 28%, enquanto para 2026 passou de 17% para 19%. A previsão para o IPCA é de 4,3% em 2024, 3,7% em 2025 e 3,3% em 2026, levando em conta as condições do mercado e a evolução da política monetária.