O presidente do Banco Central afirmou que durante a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na semana passada, não houve apoio entre os membros para um aumento superior a 0,25 ponto percentual na taxa de juros. A decisão, que elevou a Selic de 10,50% para 10,75%, reflete um consenso em linha com a comunicação anterior do comitê, evidenciando que qualquer consideração por um aumento maior não foi discutida oficialmente, como indicado na ata da reunião.
Campos Neto destacou a importância de um ciclo gradual de aumentos, em resposta a expectativas de um “super ciclo” de alta da Selic, que não se mostrava coerente com as mensagens do Copom. Ele reforçou que a atual estratégia é resultado de uma análise cuidadosa das condições econômicas, incluindo fatores como hiato, balanço de riscos e projeções, que o Banco Central observa atentamente.
Além disso, o presidente enfatizou que, embora o BC tenha tentado comunicar claramente os critérios que guiam suas decisões, não se propõe a fornecer um direcionamento específico devido à elevada incerteza no cenário econômico atual. Essa postura visa manter a transparência sem criar expectativas que possam não se concretizar, assegurando um acompanhamento contínuo da evolução dos indicadores econômicos.