O número de reclamações de consumidores sobre o cancelamento unilateral de planos de saúde coletivos aumentou significativamente, levando entidades como a Fundação Procon-SP, o Idec e a Defensoria Pública da União a solicitar ações urgentes da ANS. Em 2023, a Procon-SP registrou um aumento de 80% nas queixas em comparação ao ano anterior, com mais de 27 mil processos judiciais apenas em abril. Esses dados refletem uma crescente insatisfação dos consumidores diante de práticas que não oferecem proteção adequada.
As entidades pedem à ANS que implemente normas regulatórias mais rigorosas, incluindo a proibição do cancelamento unilateral de contratos e garantias de acesso a informações sobre reajustes e contratos. Além disso, solicitam a inclusão de informações precisas sobre cancelamentos nas plataformas de registro de reclamações, com uma análise prioritária dos casos que impactam diretamente os tratamentos dos consumidores. A falta de resposta efetiva das operadoras tem gerado preocupações sobre a equidade nas relações contratuais.
No âmbito legislativo, medidas estão sendo tomadas para proteger os direitos dos consumidores, como a proposta que proíbe o cancelamento em situações de emergência e a recente publicação de orientações pelo Conselho da Justiça Federal sobre o direito à saúde. Essas iniciativas visam assegurar um tratamento mais justo para os beneficiários de planos de saúde e garantir que as operadoras sigam normas que respeitem os direitos dos consumidores.