Um estudo preliminar realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) revelou uma perda alarmante de mais de 90% dos corais nas regiões de Maragogi, Maceió e Paripueira. O aumento da temperatura dos oceanos, que atingiu recordes de 34°C, aliado aos impactos humanos e fenômenos climáticos como o El Niño, resultou em um significativo evento de branqueamento de corais. Os pesquisadores descreveram a situação como um “grande cemitério de corais”, evidenciando o estresse que os animais marinhos estão enfrentando, o que compromete sua capacidade de crescimento e reprodução.
As avaliações dos corais são realizadas em três momentos distintos para monitorar os efeitos do aquecimento das águas. O fenômeno de branqueamento provoca a expulsão das algas associadas aos corais, resultando na morte do tecido coralino e na redução da biodiversidade marinha. Com a morte dos corais, há um impacto direto em atividades econômicas como a pesca e o turismo, além de uma redução na proteção costeira contra tempestades e erosões.
Os pesquisadores destacam a lentidão da recuperação dos corais e a necessidade de ações tanto globais quanto locais para mitigar os danos. Medidas como o controle da poluição, a criação de áreas marinhas protegidas e o cultivo de corais saudáveis são essenciais. A educação das comunidades sobre a importância dos ecossistemas marinhos e o investimento em pesquisas científicas também são considerados fundamentais para promover a recuperação dos corais em Alagoas e em todo o mundo.