A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) classificou como inaceitável o aumento de 0,25 ponto porcentual na taxa Selic, que agora está em 10,75% ao ano. A Fieg argumenta que essa decisão do Banco Central (Bacen) impacta negativamente o acesso ao crédito e o desenvolvimento econômico, além de manter um elevado spread bancário que prejudica tanto consumidores quanto empresas em suas obrigações financeiras e expansões.
O presidente em exercício da Fieg, André Rocha, critica a atual taxa de juros, destacando que ela já se encontra em um nível restritivo para o crescimento econômico, especialmente em comparação com a taxa neutra estimada pelo Bacen. Segundo um relatório da Fieg, a elevação da Selic em um momento em que há sinais de recuperação econômica é vista como uma reação desproporcional, sugerindo que o combate à inflação poderia ser mais eficaz com a redução do déficit fiscal, ao invés de aumentar a carga tributária.
Além disso, a Fieg expressa preocupação com a interrupção do ciclo de queda da Selic, enquanto países desenvolvidos, como os Estados Unidos e na Europa, estão reduzindo suas taxas de juros. Essa situação pode tornar a Selic brasileira ainda mais restritiva e arriscar o recente crescimento da economia doméstica, conforme argumenta o economista Cláudio Henrique Oliveira. A expectativa é de que o Copom considere os efeitos das mudanças nas políticas monetárias internacionais antes de tomar decisões futuras sobre a taxa de juros.