A Bacia Hidrográfica do Rio Tietê, que atravessa grande parte do estado de São Paulo, enfrenta um aumento alarmante na poluição, com uma mancha que se estendeu de 160 km em 2022 para 207 km em 2024, tornando este o pior ano desde 2012. A análise realizada pela Fundação SOS Mata Atlântica revelou que 35,9% dos 576 km monitorados apresentam água imprópria, com trechos classificados como ruins e péssimos. Apesar das ações do governo, como a retirada de pneus e sedimentos, a degradação da qualidade da água continua a ser um desafio significativo.
A limpeza do rio inclui esforços de desassoreamento e remoção de resíduos, com um investimento de R$ 302,7 milhões programado para 2024. Desde 2023, mais de 3,2 milhões de metros cúbicos de sedimentos foram removidos, e a coleta de lixo superficial tem sido intensificada, com 67 mil toneladas retiradas do Rio Pinheiros. No entanto, especialistas alertam que as ações não são suficientes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e da urbanização.
O governo paulista propõe a criação de parques e iniciativas de reflorestamento como soluções para melhorar a qualidade da água. A universalização do saneamento até 2029 também é apontada como uma medida crucial para a despoluição dos rios, prometendo evitar o lançamento de esgoto gerado por cerca de 10 milhões de pessoas. As ações em andamento refletem a necessidade de conscientização e engajamento da população para preservar os recursos hídricos da região.