O último clássico entre Atlético de Madrid e Real Madrid, realizado no Estádio Metropolitano, foi marcado por uma interrupção significativa devido a objetos arremessados pela torcida atleticana, resultando na expulsão de um associado do clube. A direção do Atlético anunciou que adotará novas medidas disciplinares, incluindo a expulsão de torcedores que atirarem objetos e a proibição do uso de máscaras dentro do estádio, visando combater ações que dificultem a identificação de indivíduos envolvidos em atos de violência e racismo.
Embora o clube tenha implementado essas novas punições, há dificuldades em lidar com a principal organizada, que é composta por torcedores conhecidos como ultras. A legislação espanhola limita a capacidade do Atlético de agir contra grupos maiores, especialmente se seus membros não tiverem antecedentes criminais. Assim, a punição tende a ser mais severa para ações individuais do que para comportamentos coletivos, como cânticos racistas ou homofóbicos, que geralmente não resultam em penalidades severas.
Após o empate entre as equipes, a própria torcida do Atlético manifestou descontentamento em relação à Frente Atlético, vaiando a interação entre os jogadores e os ultras. O técnico da equipe expressou sua desaprovação sobre os incidentes ocorridos, ressaltando a necessidade de responsabilidade tanto dos torcedores quanto dos jogadores em situações provocativas. Com a crescente atenção sobre questões de racismo no futebol, a Justiça espanhola já tem aplicado sentenças a torcedores por atos racistas, e o Atlético de Madrid continua a enfrentar desafios em manter um ambiente seguro e respeitoso no estádio.