O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) negou a proposta de transferência de controle da Amazonas Energia para a Âmbar Energia, que previa um impacto financeiro de R$ 15,8 bilhões ao longo de 15 anos, considerando flexibilizações regulatórias. Em vez disso, o diretor votou a favor de uma alternativa com custos de R$ 8,05 bilhões. A deliberação ficou em impasse, pois a Âmbar apresentou uma nova proposta que ainda não foi avaliada pela área técnica da agência. A Aneel tem um prazo até as 16h para deliberar sobre o tema, devido a uma liminar da Justiça do Amazonas, mas a decisão judicial pode ser contestada a qualquer momento.
A pressão sobre a Aneel aumentou com as cobranças do ministro de Minas e Energia, que se reuniu com os diretores da agência para discutir a necessidade de uma solução rápida. Na reunião anterior, executivos da Âmbar apresentaram seu plano sem alterações e defenderam a análise do mesmo pela Aneel. Apesar das tentativas de dialogar, a agência se depara com a urgência da situação, especialmente considerando a recente liminar judicial.
Adicionalmente, informações reveladas mostram que executivos da Âmbar tiveram múltiplos encontros no Ministério de Minas e Energia antes da edição da medida provisória que favoreceu a empresa. No entanto, o ministro negou qualquer conluio e classificou a decisão do governo como uma coincidência, o que levanta questões sobre a transparência e os processos envolvidos nas negociações.