A partir de 1º de outubro, as plataformas associadas à Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) irão antecipar a proibição do uso de cartão de crédito para apostas online, uma medida originalmente prevista para entrar em vigor em janeiro de 2025. Segundo a ANJL, o cartão de crédito representa menos de 3% das transações realizadas nas plataformas, sendo que o meio de pagamento predominante é o Pix. A decisão de antecipar a proibição é uma tentativa de reforçar práticas já comuns no setor, onde o uso de métodos de pagamento instantâneos tem crescido significativamente.
A ANJL, que foi fundada em março de 2023 e reúne diversas empresas do setor, observou que o pagamento via Pix tem se tornado cada vez mais popular, com um volume mensal estimado de transferências entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões para plataformas de apostas, de acordo com estudo do Banco Central. A preocupação com a dependência ao jogo e o impacto sobre a renda das famílias levou o governo a considerar monitoramentos e a regulação do setor, reforçando a necessidade de controle sobre o endividamento dos apostadores.
O debate em torno da proibição do cartão de crédito ganhou força com a crescente preocupação de entidades financeiras e do governo sobre os riscos associados aos jogos de azar online. O ministro da Fazenda e outros representantes da administração pública destacaram a necessidade de ações que promovam a proteção dos apostadores, especialmente aqueles com maior vulnerabilidade financeira. As novas diretrizes visam garantir uma maior responsabilidade na condução das atividades de apostas, buscando minimizar os riscos de inadimplência e dependência financeira.