Na terça-feira (3), o presidente russo Vladimir Putin encontrou-se com o presidente mongol Ukhnaa Khurelsukh em Ulan Bator, em uma visita oficial marcada pelo contexto do mandado de detenção emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra Putin. A visita celebra o 85º aniversário da vitória das forças mongóis e soviéticas sobre o Japão imperial, e foi marcada por um encontro cordial na Praça Genghis Khan, onde ambos líderes discutiram a ampliação da cooperação bilateral em diversas áreas, como energia e transporte.
Durante o encontro, os presidentes abordaram o progresso de projetos conjuntos, incluindo a ampliação da Central Térmica nº 3 e a construção da central hidroelétrica no rio Eg. Também foi enfatizada a importância do Acordo de Comércio Livre provisório entre a Mongólia e a União Econômica Eurasiática e o avanço do Corredor Econômico Mongólia-Rússia-China. Putin estendeu convites a Khurelsukh para a cúpula do BRICS em outubro e para as celebrações do 80º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista no próximo ano.
Esta visita é a primeira de Putin a um país signatário do TPI desde o mandado de detenção, e ocorre após sua decisão de não participar da cúpula do BRICS na África do Sul em 2023, temendo a prisão. A Mongólia, que ratificou o tratado do TPI em 2002, recebeu um pedido formal do tribunal para cooperar na detenção de Putin, um pedido que Moscou contesta. As relações diplomáticas entre Rússia e Mongólia, estabelecidas desde 1922, são agora renovadas em meio a crescentes tensões internacionais.