A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não conseguiu aprovar a venda da distribuidora Amazonas Energia para a Âmbar Energia, do grupo J&F, durante uma reunião extraordinária convocada sob ordem judicial. O empate ocorreu devido à ausência de um quinto diretor, o que impediu a agência de chegar a um consenso. Os diretores tinham até as 16h40 para decidir sobre a venda, com a liminar da juíza Jaiza Maria Pinto Fraxe pressionando a Aneel a se pronunciar sobre dois processos relacionados à distribuidora.
A transferência de controle da Amazonas Energia está prevista em uma medida provisória publicada em junho, que perde validade no dia 10 de outubro. Além da venda, a MP prevê a conversão de contratos de usinas termelétricas adquiridas pela Âmbar. A distribuidora enfrenta uma grave crise financeira, com uma dívida de R$ 10 bilhões, e a Aneel já havia recomendado a cassação do seu contrato devido à incapacidade de manter a concessão. A situação requer uma solução rápida para garantir a continuidade dos serviços de energia no estado do Amazonas.
A proposta de venda e as alterações contratuais visam aliviar a Amazonas Energia de custos que atualmente não pode arcar, ao mesmo tempo que buscam assegurar a prestação de serviços essenciais à população. A negociação da Âmbar com a Aneel ainda é complexa e envolve diversas regulamentações que precisam ser aprovadas, mas o futuro da distribuidora depende da indicação e aprovação de um novo diretor para a Aneel, uma decisão pendente que poderia influenciar o andamento do processo.