A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) se reuniu para discutir a venda da Amazonas Energia para o grupo Âmbar, porém a votação terminou empatada em dois a dois. A situação da distribuidora é crítica, com uma dívida que ultrapassa R$ 10 bilhões, o que tem gerado preocupações sobre a capacidade da empresa em cumprir seus compromissos contratuais, afetando diretamente a distribuição de energia no estado. Em resposta, a Aneel havia solicitado, em novembro de 2023, a extinção do contrato de concessão da Amazonas Energia devido à sua incapacidade de atender às exigências financeiras.
Após a compra das térmicas da Eletrobras pelo grupo Âmbar, o governo federal promulgou uma medida provisória que facilita a transferência da concessão, mas que também levantou questionamentos sobre o impacto tarifário para os consumidores. A proposta apresentada pelo Âmbar foi considerada insatisfatória pela Aneel, que apontou que ela resultaria em um ônus de R$ 15,8 bilhões aos consumidores, quase o dobro do necessário para reequilibrar a concessão. Além disso, a Aneel enfatizou que sua análise não deve ser realizada sob pressão, visando a segurança do setor elétrico.
A situação se complicou com a determinação judicial para que a Aneel aprovesse o plano de transferência em 48 horas, a qual foi contestada pela agência. A falta de um quinto diretor na Aneel, que ainda aguarda aprovação pelo Senado, foi citada como um fator que contribui para a paralisia na tomada de decisão. Em nota, o grupo Âmbar afirmou ter apresentado um novo plano que promete uma solução definitiva para a crise da Amazonas Energia, garantindo que não haverá aumento nos custos para os consumidores.