A Justiça da Venezuela emitiu um mandado de prisão contra o candidato da oposição, Edmundo González, agravando as tensões políticas no país e suscitando dúvidas sobre a transparência do processo eleitoral. O analista Américo Martins afirma que a ação não tem fundamento legal, destacando que a divulgação das atas eleitorais era uma responsabilidade do Conselho Nacional Eleitoral e não constitui crime.
A medida é interpretada como uma escalada autoritária do regime de Nicolás Maduro, que já é amplamente criticado pela falta de independência das instituições judiciais e do Ministério Público, ambos controlados pelo Executivo. Essa situação demonstra o controle absoluto do governo sobre as principais instituições do Estado, conforme ressaltado por Martins.
A reação internacional não foi favorável, com Argentina, Uruguai e Paraguai condenando a prisão e o autoritarismo na Venezuela, enquanto o Brasil ainda não se posicionou oficialmente. Martins alerta que o regime pode endurecer ainda mais suas medidas, e sugere que González pode procurar refúgio em uma embaixada para evitar a detenção, o que poderia isolar ainda mais o governo de Maduro e comprometer a integridade das próximas eleições.