A companhia aérea Azul (AZUL4) anunciou um acordo com 90% de seus arrendadores para renegociar um instrumento conversível em ações, visando limitar a diluição dos acionistas a uma faixa entre 20% e 22%. Essa decisão surge após a recente redução de sua nota de crédito, mas trouxe uma resposta positiva do mercado, com as ações da empresa registrando uma alta de 10%, alcançando R$ 5,60 por unidade.
A corretora XP Investimentos avaliou o acordo como um desenvolvimento favorável para a Azul, destacando que a diluição limitada resultaria em uma redução significativa na dívida da companhia, estimada em R$ 1,8 bilhão, o que corresponde a 95% do valor de mercado atual. Além disso, a emissão de novas ações seria feita em valores entre R$ 25,25 e R$ 28,40, contrastando com a diluição implícita anterior de 58%.
O plano de aumento de capital privado da Azul também foi antecipado, agora projetado para ocorrer em outubro de 2024, em vez de abril ou maio de 2025. Essa mudança reflete a necessidade de fortalecer a posição de liquidez da empresa em um momento desafiador. O movimento no mercado e as projeções de recuperação financeira indicam um otimismo cauteloso sobre a trajetória futura da companhia.