A Americanas anunciou um pacote de benefícios para dois executivos que colaboraram nas investigações relacionadas ao escândalo envolvendo a varejista. O acordo, que inclui o pagamento de dez anos de salário, cobertura das mensalidades escolares dos filhos e um plano de saúde, também abrange os honorários advocatícios dos delatores. Essa decisão foi mantida em sigilo, até mesmo de funcionários de alto escalão, e a ata da reunião do conselho que aprovou os benefícios só foi divulgada após questionamentos legais.
A empresa não divulgou o valor exato da remuneração que serviu como base para o acordo, mas informações indicam que o salário fixo de um dos beneficiários antes da rescisão girava em torno de R$ 1 milhão, excluindo bônus. O advogado da Americanas justificou a necessidade de confidencialidade, citando a legislação que exige que qualquer colaboração permaneça em sigilo até que o Ministério Público Federal decida o contrário.
A decisão de firmar o acordo foi fundamentada em precedentes de outras grandes empresas e na urgência de reestruturar o balanço da companhia, que enfrenta dificuldades financeiras. A Americanas busca, assim, garantir sua sobrevivência em um cenário desafiador, ao mesmo tempo que atende aos requerimentos legais e às expectativas de seus stakeholders.