Quatro afluentes do rio Amazonas, incluindo o rio Xingu, enfrentam uma situação crítica de escassez hídrica, conforme declaração da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). A escassez está impactando negativamente a geração de energia na hidrelétrica de Belo Monte, uma das maiores do Brasil, que representa 11% da capacidade do sistema interligado nacional. Além de afetar a produção de energia, a seca no rio Xingu também compromete a navegação em determinados trechos, impactando o abastecimento público em 23 cidades que dependem dessa bacia hidrográfica.
Em resposta à crise, a ANA aprovou medidas que incluem a redução da vazão mínima da usina, buscando otimizar o uso da água disponível. Este rebaixamento dos níveis dos reservatórios tem causado uma diminuição na energia gerada, refletindo a falta de chuvas e a crescente demanda por energia. Desde o início de 2024, a agência emitiu quatro declarações de situação crítica de escassez hídrica, abrangendo não apenas o rio Xingu, mas também outros rios da região amazônica, como o Madeira e o Purus.
A declaração de situação crítica permite que a ANA estabeleça regras especiais para o uso da água e operação dos reservatórios, além de possibilitar o aumento das tarifas de distribuição de água. O cenário de escassez hídrica é considerado alarmante em comparação a períodos anteriores, exigindo a implementação de medidas preventivas para assegurar a navegabilidade e o suprimento de energia durante essa seca histórica. As ações recomendadas visam garantir a eficiência no uso dos recursos hídricos, considerando a grave situação enfrentada pela bacia do rio Xingu.