Lideranças do grupo Coalizão Indústria expressaram sérias preocupações em relação às negociações para um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a China. Representantes de diversas entidades industriais alertaram que a atual dinâmica de importações chinesas já representa uma ameaça aos investimentos planejados, que somam R$ 825,8 bilhões. A visão crítica é de que um acordo com a China pode agravar a situação, com riscos adicionais para setores já sobrecarregados pela concorrência externa.
O Uruguai, que preside o Mercosul, é a favor do tratado, e as conversações entre os países do bloco e a China estão sendo reativadas. A entrada de produtos chineses no Brasil, em meio a barreiras em outros mercados, tem levado a um aumento na pressão para abertura de mercados. Especialistas apontam que, com a economia local saturada, há uma falta de confiança e de investimentos por parte das indústrias nacionais, que se sentem ameaçadas pela competição desleal.
Além disso, a indústria automotiva está passando por uma fase de transição tecnológica, e representantes desse setor argumentam que não é o momento adequado para discutir um acordo comercial com a China. Eles ressaltam a necessidade de reavaliar a carga tributária sobre veículos importados, principalmente aqueles que são híbridos ou elétricos, originários da China, para proteger a indústria nacional e assegurar um ambiente de investimentos mais estável.