A ministra da Saúde afirmou que o vício em apostas on-line, conhecido como bets, deve ser tratado como uma pandemia, enfatizando a gravidade do problema de dependência que ele representa. Durante um evento, ela destacou a necessidade de uma abordagem semelhante à que foi utilizada no combate ao tabagismo, ressaltando a importância da regulação desse tipo de atividade. O vício em apostas tem gerado sérios problemas de saúde mental e impactado famílias, especialmente crianças e jovens, que estão cada vez mais expostos a esse ciclo prejudicial.
A preocupação com o vício em apostas é crescente entre as autoridades. De acordo com dados do Banco Central, em agosto, beneficiários do Bolsa Família transferiram cerca de R$ 3 bilhões para empresas de apostas via Pix. Essa situação tem levantado alertas sobre o uso excessivo dessas plataformas, que podem levar a consequências financeiras graves, como endividamento com agiotas, especialmente entre adolescentes.
Em resposta a esses desafios, o Ministério da Fazenda anunciou a criação de um sistema de controle para monitorar e limitar o uso de cartões de crédito em apostas. Além disso, medidas estão sendo desenvolvidas para acompanhar o uso de CPFs, com o objetivo de identificar e prevenir possíveis abusos nas plataformas de apostas. As autoridades reconhecem a urgência em abordar essa questão para proteger a saúde pública e garantir o bem-estar da população.