O modo como os pais lidam com as amizades de seus filhos pode impactar significativamente suas relações sociais e comportamentos. Um estudo recente indicou que a desaprovação materna em relação a um amigo pode, paradoxalmente, aumentar a rejeição da criança, levando a problemas de comportamento. Especialistas recomendam que os pais intervenham com cautela, priorizando o diálogo. A comunicação aberta e a explicação das preocupações são essenciais para que as crianças entendam os motivos das decisões dos pais, promovendo uma reflexão sobre suas próprias relações.
A psicóloga Joanna Carvalho ressalta que os pais não devem proibir amizades de forma abrupta, mas sim orientar os filhos sobre os comportamentos que consideram inadequados. A intervenção deve ser feita de maneira sensível, permitindo que as crianças desenvolvam autonomia na escolha de suas amizades. A proposta é que, por meio de perguntas, os filhos possam avaliar as características de seus amigos e decidir sobre a continuidade da amizade, estimulando um pensamento crítico em relação a esses laços sociais.
Embora a interferência parental nas amizades traga riscos, como a possibilidade de exclusão social, ela também pode ser benéfica se realizada de maneira consciente e comunicativa. A atenção dos pais em relação às relações sociais dos filhos pode resultar em uma menor propensão à exclusão e problemas de socialização. Portanto, os pais têm a responsabilidade de orientar, mas sem tentar controlar as amizades, permitindo que seus filhos aprendam a identificar e lidar com as influências ao seu redor.