O Paraná se destaca como o estado brasileiro com o maior número de doações de órgãos por milhão de habitantes, refletindo um avanço significativo na conscientização sobre o tema. Em um recente relato, a musicista Michele Mabelle compartilhou a experiência de lidar com a morte de seu pai, que, ao falecer após um AVC, possibilitou a doação de órgãos. Essa decisão foi influenciada pela abordagem sensível da equipe médica, que transformou um momento de dor em um ato de generosidade, permitindo que o legado do pai continuasse através da salvação de outras vidas.
Entretanto, dados do Sistema Estadual de Transplantes do Paraná revelam que 27% das doações possíveis não são realizadas devido à recusa familiar, indicando a necessidade de conversas abertas sobre o tema. Mabelle, agora voluntária em um hospital, compôs a música “Legado do amor” para conscientizar as pessoas sobre a doação de órgãos, buscando transformar sua dor em arte e empatia. A conscientização é essencial, especialmente considerando que milhares de paranaenses aguardam na lista de espera por um transplante.
A prática da doação de órgãos requer um diálogo claro entre os indivíduos e suas famílias. Especialistas recomendam que as intenções de doação sejam discutidas em vida, já que a autorização familiar é necessária para a efetivação do processo. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece um programa robusto de transplantes, permitindo que muitos recebam uma segunda chance na vida. A doação é não apenas um ato de generosidade, mas também um gesto de amor que pode transformar o luto em esperança.