A estratégia militar de Israel no atual conflito com o Hezbollah está sendo moldada pelas lições aprendidas na guerra de 2006, conforme analisado por Vitelio Brustolin, professor de Relações Internacionais. Em uma recente entrevista, Brustolin destacou que a inteligência israelense busca uma abordagem mais eficaz após o ataque do Hamas em outubro, ressaltando a importância de uma resposta militar que leve em consideração os erros do passado.
Os principais objetivos políticos de Israel incluem a manutenção do poder do primeiro-ministro, a redução da capacidade do Hezbollah de atacar Israel, que possui um grande arsenal de foguetes, e a provocação de uma resposta do Irã, que ainda não se manifestou de forma significativa. A dinâmica política interna e a segurança nacional se entrelaçam, criando um cenário complexo onde as decisões militares são impactadas por fatores políticos.
Brustolin identificou três estratégias militares que Israel pode considerar: a detonação de dispositivos eletrônicos no território inimigo, bombardeios aéreos em alvos específicos no sul do Líbano e uma possível invasão terrestre até o rio Litani. A eficácia dessas estratégias dependerá da clareza nos objetivos políticos definidos pelo governo israelense, enquanto a situação permanece tensa, com um grande número de israelenses deslocados devido ao conflito.